Talvez penses que a vitamina D serve apenas para manter os ossos fortes. Mas a verdade é que este nutriente silencioso tem um impacto muito mais amplo e profundo na saúde do corpo e da mente. Atua sobre a imunidade, ajuda a regular o humor, apoia o coração, os músculos e até o cérebro.
Apesar disso, a deficiência de vitamina D tornou-se cada vez mais comum, especialmente em quem passa grande parte do tempo em espaços fechados ou evita a exposição solar.
O sol é a principal fonte, mas o medo afasta-nos dele
O corpo humano tem uma capacidade extraordinária: produz vitamina D naturalmente quando exposto ao sol. Mais especificamente, quando a pele entra em contacto com os raios UVB, sobretudo entre as 10h e as 16h.
O problema é que muitos evitam o sol por receio de doenças de pele, enquanto outros passam a maior parte do dia em ambientes interiores. Resultado? Uma carência generalizada, silenciosa, mas com efeitos muito reais no dia-a-dia.
O segredo está na moderação: bastam alguns minutos de exposição solar controlada, com orientação médica e sem exageros, para estimular a produção desta vitamina essencial.
Quando a falta de vitamina D começa a dar sinais
Nem sempre os sintomas são óbvios, e muitos vivem com desconfortos sem perceber a causa. Estes são alguns sinais comuns de carência:
- Cansaço persistente
- Fraqueza muscular
- Dores frequentes ou inflamações
- Maior propensão a constipações
- Diminuição da densidade óssea
- Risco aumentado de osteoporose
Se te revês nestes sintomas, o ideal é fazer análises clínicas para avaliar os níveis de vitamina D — e procurar orientação profissional.
A alimentação ajuda, mas não chega
Embora alguns alimentos sejam boas fontes de vitamina D, como salmão, sardinha, gema de ovo, cogumelos e laticínios, eles representam apenas cerca de 20% das necessidades diárias.
Ou seja, mesmo uma alimentação equilibrada pode não ser suficiente. E é aqui que entram a exposição solar consciente e, se necessário, a suplementação médica.
Suplementos? Só com avaliação profissional
A suplementação de vitamina D não deve ser feita por impulso. Só um médico pode indicar a dose correcta, após análise dos níveis de 25 OH D3, a forma activa da vitamina no organismo.
Cada pessoa tem necessidades diferentes, consoante a idade, o estilo de vida e a exposição solar. Tomar por conta própria pode ser perigoso.
Demasiada vitamina D também faz mal
Ao contrário de outras vitaminas que o corpo elimina naturalmente, a vitamina D acumula-se no organismo. Quando ingerida em excesso, pode provocar:
- Náuseas e perda de apetite
- Desidratação
- Confusão mental
- Fraqueza muscular
Este quadro, conhecido como hipervitaminose D, exige intervenção médica imediata.
Equilíbrio: a chave para colher todos os benefícios
A vitamina D pode parecer simples, mas é uma das peças mais importantes para manter o corpo forte e resistente. O truque está em manter o equilíbrio certo: apanhar sol com consciência, comer de forma variada, fazer exames de rotina e, se necessário, suplementar com apoio médico.
Não esperes pelos sintomas. Cuida dos teus níveis de vitamina D como quem rega uma planta: com constância, atenção e carinho. O teu corpo vai agradecer, todos os dias.